SUPER BOCK EM STOCK 2010
Super Bock em Stock 3ª edição, ainda mais arrojado com 15 concertos e muita perna para andar entre os 9 palcos onde tudo isto iria correr, Felizmente a organização pensou em tudo e tínhamos á nossa disposição uns impermeáveis vermelhos que não só nos permitiam não chegar encharcados ao próximo concerto, como nos tornava alvos incontornáveis nas movimentadas ruas em redor da avenida.
O festival abriu no são Jorge com os The Shoes, som meio electrónico e bastante pop para animar os estreantes, e em seguida no maxime com os portugueses Pinto Ferreira, que devido ao adiantado da hora não vi para correr até ao Tivoli onde me esperava um violinista muito sui-generis. Owen Pallet trouxe a Lisboa e para glaudio de muitos fãs que se apinhavam no Tivoli “Heartland” – o seu mais recente trabalho do compositor e “The Great Elsewhere” acompanhado apenas do violino, caixas de mistura e e a sua voz metálica, metamorfose sonora que nos leva a outros destinos, com paragens em “Lewis Takes Off His Shirt” e “Lewis Takes Action”, onde percebemos a sua faceta mais brincalhona. Tempo ainda para a cover “Odessa” de Caribou e o pedido de que da próxima o possamos ouvir com a acústica merecida.
De seguida e sempre no nosso passo frenético de quem quer ver o máximo, lá voltámos ao São Jorge para boa musica portuguesa com os B Fachada. Honestos com o seu timbre de trovadores, o vocalista lembra o Zeca, e o som Godinho, o que faz sentido já que ele estava ali para comnosco. Juntos e em separado, estas duas gerações de músicos portugueses, mostraram que há muita gente a levar musica até Lisboa amanhecer. O momento mais emblemático foi “Etelvina” com Godinho sentado no palco a garantir que a coisa estava encaminhada. Bem hajam todos aqueles que mantêm a nossa musica viva e de boa saúde.
Em seguida e no mesmo sitio vimos Zola Jesus, californiana. Zola tem uma presença algo estéril, frenética por um lado mas demasiado minimal por outro, acompanhada põe um microfone e uma mesa de mistura, as sonoridades simples e sombrias de Zola Jesus, são algo que promete mas que ainda não satisfaz. Percebemos pela sua voz poderosa que algo esta em construção ali dentro e aguardamos curiosos o nosso próximo encontro, de preferência numa sala mais intimista.
A segunda noite prometia igual agitação, e começou de forma serena no São Jorge com Domingo No Quarto samba acústica e suave. Homenageando desde Chico Buarque até Cartola, os portugueses deram um concerto agradável . Nuno Prata, ex Ornatos Violeta, apresentou junto com os seus companheiros de luta, o seu mais recente trabalho “Deve Haver” a uma sala recheada de público que não os trocou por Lula Penalt;/p>
E depois um dos mais esperados, os Junip,, mais conhecidos pelo seu vocalista, José González, a banda sueca regressou em 2010 com um álbum novo, Fields, e os temas “Tide”, “Always” e “Sweet and Bitter” e ‘já no encore Without You’.
Ao mesmo tempo, do outro lado da estrada, o Tivoli encheu-se de ritmos africanos com os Batida, demasiado barulho, e apitos a soarem de todos os lados, umas palavras de ordem entoadas monocordicamente e uma senhora que pulava dentro de um saco foram tudo o que retivemos deste momento musical, apreciado pelos muitos que ali se encontravam.
E depois deste momento menos feliz, lá fui até ao terraço do Tivoli, na esperança de que pelo menos a subida fosse recompensadora, e não sai derrotada, Jono McCleery não se fez rogado, e deixou encantados os que ali estavam..com uma mistura de folk e soul , um jazz muito suave invadiu o terraço do Hotel Tivoli, para aquele que para mim foi o melhor momento da noite, quer pela imprevisibilidade quer pela suavidade em que aquelas notas deslizavam nos meus ouvidos.
Mais uma fila para descer e já estava na hora da lotação da noite, uma fila interminável de fãs na rua á espera para ver a Diva e á meia-noite as luzes apagar. O porta-voz da banda, senhor muito eloquente, trajado a rigor e pronto para nos impressionar manda para o ar um ‘Tonight, we’re going to make history!’ e estava lançado o mote para a festa total. Para quem só cá anda há três anos, Janelle Monáe tem tudo, a indumentária ,os confettis, e ainda balões. ‘Overture’ deu o mote, um vídeo que nos explica o conceito de “ The ArchAndroid”, o primeiro álbum ,num cenário futurista de opressão de andróides. Janelle entra ao som de ‘Dance or Die’, acompanhada pelos seus dançarinos todos vestidos de preto e branco, e o público a dançar e saltar. A noite está feita: ‘Faster’ and ‘Lock Inside’, mostram os universos r&b, soul e funk, sempre pautados pela fantástica voz da americana. Apesar das influências bastante presentes Monáe é actual, coerente em temas como ‘Wondaland’, onde o pop é a força maior, e ‘Mushromm & Roses’, onde o rock psicadélico é que dita o caminho. “Cold War” e “Tightrope”, os momentos altos da curta carreira e ‘Come Alive (War of the Roses)’ foram a despedida desta grande senhora, 75 minutos de Janele Monáe que não desapontaram as expectativas do concerto do festival.
Entretanto, Marcos Valle deixava muitos ansiosos à porta da Sala 2 do S. Jorge, com o concerto a começar atrasado, algo que passados alguns minutos de boa musica já estava esquecido entre os muitos que ali se deliciavam ao som de um veterano da Bossa Nova.
No autocarro, que víamos enquanto corríamos de concerto em concerto, os Youthless ocuparam o palco e a julgar pelo entusiasmo dos que la se encontravam, a viagem foi animada.
A Arthouse Big Band encerrou no São Jorge. O projecto consistiu na partilha dos artistas, colocando Mazgani a cantar moonspel, Afonso Rodrigues (dos Sean Riley and The Slowriders), , Ronaldo (dos peixe:avião) e mesmo Virgul (dos Nu Soul) e por fim Fernando Ribeiro (dos Moonspell) a retribuir o tributo de Mazgani com “Mercy”. Uma boa iniciativa que cativou muitos curiosos e surpreendeu pela positiva todos os presentes.
Um festival em grande e já tem edição marcada para o próximo ano.
Dia 3 de Dezembro
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TIAGO BETTENCOURT EM FUGA
JORGE PALMA
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THE SHOES
PINTO FERREIRA
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OWEN PALLETT
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ADRIANA
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B FACHADA
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HOLLYWOOD, MON AMOUR
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LARS AND THE HAND OF LIGHT
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SPOKES
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KELE
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THE HUNDRED IN THE HANDS
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WAVVES
Dia 4 de Dezembro
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VICENTE PALMA
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LULA PENA
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MÁRCIA
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DOMINGO NO QUARTO
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NUNO PRATA
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JUNIP
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BATIDA
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I BLAME COCO
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JONO MACCLLERY
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JANELLE MONÁE
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LINDA MARTINI
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