AVENGED SEVENFOLD
27 NOVEMBRO
CAMPO PEQUENO - LISBOA
Público ao rubro com o regresso da banda norte-americana a Portugal
Numa coisa há que concordar. Os fãs das sonoridades mais pesadas, são normalmente o público mais devoto e fiel, aquele que segue as bandas de eleição contra ventos e marés, contra crises e falta de dinheiro. Numa altura em que as salas de espetáculos têm andado menos compostas, o regresso a Portugal dos Avenged Sevenfold no passado dia 27 de Novembro, provou isso mesmo. Um Campo Pequeno praticamente cheio e já muito aquecido pelas primeiras partes, a cargo dos Avatar e dos Five finger Death Punch, recebeu em euforia a banda norte americana. Quase sete mil fãs ansiosos por ver ou rever os êxitos e receber ao vivo o último trabalho de originais, Hail to the King, editado em Agosto de 2013.
Ao longo de uma hora e meia uns Avenged Sevenfold visivelmente mais maduros, percorreram principalmente os últimos dois álbuns da carreira. Neste regresso, a banda de M. Shadows, Synyster Gates, Zacky Vengeance e Arin Ilejay, começou logo por contrariar as temperaturas que se faziam sentir lá fora e aqueceram a multidão, com a ajuda de uma caveira com asas de morcedo (símbolo de sempre) em chamas. À semelhança de Hail to the King o espetáculo começou em força com Shepard of Fire, para depois dar lugar as mais antigas, Critical Acclaim e Welcome to The Family. Seguiu-se o tema que dá nome ao último álbum, com Shadows a pedir o primeiro moche e a reforçar que no backstage lhe tinham dito que o público presente no Campo Pequeno era sem dúvida a melhor crowd da digressão. Os fãs responderam à altura e o espetáculo seguiu com Doing Time e Buried Alive para depois se ouvir a homenagem muito ovacionada, a Rev, o baterista falecido em 2009, com o tema Fiction.
Nightmare e Afterlife foram as “senhoras” que se seguiram. E que bem recebidas. Um solo de guitarra com uma jam de bateria acalmou um pouco os ânimos, que depois recuperaram em força com Requiem e Bat Country, música que sossegou as hostes mais old school. No encore Chapter Four e Unholy Confessions de Waking the Fallen continuaram o regresso às origens e o concerto encerrou em apoteose, com os fãs a fazerem mais de metade da festa e a mostrarem como se faz um moche em português.
Arriscamos dizer que todas as bandas, deviam ter fãs assim.
Texto: Tânia Gaspar
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