SIMPLE MINDS
COLISEU DE LISBOA
7 de Fevereiro de 2015
https://checksound.pt/index.php/fotografia1/anos-anteriores1/item/1136-simple-minds-coliseu-de-lisboa#sigProId4199c40de1
A banda de que ninguém se esqueceu.
Geração M80 em peso para receber o regresso a Lisboa dos Simple Minds. Depois de uma fila que fazia adivinhar a lotação esgotada do Coliseu dos Recreios, passavam 15 minutos das 9 da noite, quando Jim Kerr, num português perfeito (opinião emitida por um membro da plateia), deu as boas vindas e o mote, ao que viriam a ser mais de 2 horas de concerto, intervaladas por 15 minutos, para descanso. Numa sala onde, literalmente, não cabia mais ninguém, houve ocasião para mostrar os novos temas de “Big Music”, editado o ano passado, e claro para os êxitos da banda que começou a desbravar terreno, no já longínquo ano, de 1977.
Mas foi de anos 80 que se pintou a noite, sonoridades e cenografia incluídas. A acompanhar a banda duas vozes femininas, uma na primeira e outra na segunda parte, que contribuíram para fazer do concerto uma coesa narrativa musical. O espectáculo arrancou com “Let The Day Begin” do último álbum, para depois seguir com mais três canções de “Big Music”, “Blindfolded”, “Broken Glass Park” e “Imagination”. Ainda na primeira parte, tempo para alguns regressos ao passado e para o início das grandes ovações aos acordes de “Dolphins”, “Waterfront” e do mítico “Don`t You (Forget About Me)”.
Já mais dançante, o público acolheu o segundo ato em delírio. Jim Kerr mudou de roupa e assegurou que iria ser ainda mais memorável do que até aí. E foi mesmo. Nas caras dos fãs, claramente acima dos 40, sorrisos adolescentes de quem revivia a cada nota, as épocas mais saudosas da vida. Pelo Coliseu passaram os hinos “Alive Kicking” e “Sanctify”, ovações ruidosas que encerraram a segunda parte.
A viagem no Delorean ao comando dos Simple Minds não estava completa sem o encore, onde a banda revelou uma mistura perfeita entre o passado e um presente, que souberam reinventar. O público teve direito a 6 canções, a última de todas, a versão de “Riders On The Storm” dos “The Doors”. Alma cheia para um espectáculo, de quem ninguém que lá esteve, se vai esquecer. Estão vivos e recomendam-se.
ALINHAMENTO
Intro
Let The Day Begin
Broken Glass Park
Imagination
Stars
American/Home Elect
Honest Town
Love Song
Rivers Of Ice
Dolphins
Waterfront
Don`t You
INTERVALO
Intro
Book Of Brilliant Things/East At Easter
Speed Your Love
Once Upon A Time
All The Things
Let It All Come Down
Someone Somewhere
Midnight Walking
Alive Kicking
Sanctify
ENCORE
Spirited Away
Big Music
She`s A River
Let There Be Love
Belfast Child
Riders On The Storm
Texto: Tânia Gaspar
Fotografia: Rúben Viegas