Mark Lanegan
Cinema São Jorge - Lisboa
30 de Maio de 2016
Último concerto da tour “An Evening with Mark Lanegan” a acontecer na sala Manoel de Oliveira no Teatro São Jorge, uma sala que torna qualquer concerto intimista, prometendo assim um concerto memorável.
Mark Lanegan já é uma presença habitual no nosso país, no entanto tem um público muito fiel que não falha um concerto seu, a sala estava praticamente cheia.
Às 21 horas em ponto Lyenn entra no palco e começa a tocar guitarra e a cantar, a luz em tons de azul, deixa a sala à meia-luz, tornando o concerto ainda mais intimista e esconde a timidez de Lyenn. Com apenas meia hora para mostrar o que vale ao público português, Lyenn não perde tempo e com uma voz suave e límpida canta e toca temas dos seus dois álbuns de estúdio. No final surpreende todos com “Seeds and sémen” um tema calmo que se transforma em gritos rasgados entre o silêncio dos presentes, tornando o tema mais aflitivo do que melancólico. Às 21.30 terminou o concerto com uma grande ovação de palmas e Duke Garwood entra no palco. Diz-nos em tom de desabafo que o tinham apressado e que ainda não estava preparado, afinou a guitarra, a mesma com que Lynn tocou. Com uma postura mais forte, bem como uma voz mais forte, Duke começa o concerto. Em também meia hora, tocou temas como “Disco Lights” e “Honey in the ear” e no final ainda teve tempo para elogiar a cidade de Lisboa.
Após uma pausa de quinze minutos, foi a vez do tão esperado Mark Lenagen entrar no palco acompanhado por Frederic Jacques (Lyenn no baixo, Duke Garwood na guitarra e Jeff Fiedler também na guitarra, o público bate palmas entusiasmado e eles começam com “One way street”, do álbum “Field songs” de 2001. Segue-se “Creeping coast of lights”, “Mirrored” e “Strange religion”. De “Blues Funeral” de 2012 trouxeram-nos “The Gravedigger’s song” um dos temas mais aplaudidos.
Também nos trouxeram temas dos álbuns mais recentes como “You only live twice” do álbum “Imitations” de 2013, ou “I Am the wolf”, “Torn red heart” e “Judgement time” do álbum “Phantom Radio” de 2014
Já em encore tocaram o tema “Driver” e “Mescalito” onde Lyenn troca o baixo por maracas. Em homenagem aos Streaming Trees ouvimos o tem “Where the twain shall meet” e por último “Halo of Ashes” onde Jeff fez soar um solo vertiginoso com direito a ovação do público. Foi também Jeff que no final ficou no palco a retribuir o carinho mostrado pelo público e anunciando que Mark Lanegan a seguir iria dar autógrafos ao pé do ponto de venda do merchandising.
Mark Lanegan e os seus músicos trouxeram-nos um concerto virtuoso, intimista e num ambiente luxuoso.
Lyenn
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Duke Garwood
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Mark Lanegan
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Texto: Carla Reis
Fotografia: Rúben Viegas